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sábado, 12 de novembro de 2011

Filmes: KUNG FU PANDA I E II

Gostaria de indicar os dois filmes para os colegas psicólogos e psicopedagogos.
Uma ótima ferramenta para trabalhar motivação, concentração, atenção, auto-estima e autoconhecimento. As duas seqüências são lindas!
Vale à pena assistir!

 KUNG FU PANDA I

Kung Fu Panda, a história de um pandinha chinês chamado Po (que na versão original é dublado por Jack Black, e em português por Lúcio Mauro Filho). Filho de uma – acho – cegonha, ele ajuda o pai a vender refeições à base de macarrão, mas é lógico que não se sai muito bem nessa tarefa. Sua cabeça é povoada pelos sonhos de se tornar uma lenda viva do Kung fu, coisa que sua condição social (algo que fica tão espremido nas entrelinhas da história que quase não se pode perceber) e mais do que isso, sua condição física parecem lhe negar. Desajeitado, grande e barrigudo, Po está longe de ser suficientemente flexível, ágil e corajoso como seus ídolos, os Cinco Furiosos: Tigresa (Angelina Jolie), Macaco (Jackie Chan), Víbora (Lucy Liu), Garça (David Cross) e Louva-Deus (Seth Rogen). Estes cinco formam o grupo treinado pelo sábio Mestre Shifu (Dustin Hoffman) e são famosos no Vale da Paz, pois trazem consigo a certeza da manutenção da tranqüilidade do lugar.
Infeliz por perceber que sua vida está fadada à venda de sopas e macarrão de seu pai, que aguarda pacientemente pelo sinal – o sonho do macarrão – que mostrará a seu filho que sua missão é seguir os negócios da família, Po acorda em mais um dia comum depois de um grande sonho que antecipa seu destino próximo. Pena que ele não saiba disso.  Naquele mesmo dia a cidade inteira estava animada com a investidura do Guerreiro Dragão, pois um novo mestre surgiria da escolha do já antiqüíssimo mestre Oogway (Randall Duk Kim), personagem que personifica a sabedoria na figura de uma velha tartaruga.
Então que depois de muita dificuldade para subir as escadas do templo, Po chega à festa de maneira tão inusitada que acaba sendo o escolhido de Oogway. Ninguém no Vale da Paz acreditou no que viu, nem Shifu, que estaria agora encarregado da missão de mostrar o caminho correto ao novo Dragão Guerreiro. E de cara Po ganha à antipatia dos Cinco Furiosos – que esperavam que o escolhido estivesse entre eles – e também de Shifu, que sabe da verdade por trás dessa escolha já que Oogway confidencia a ele ter visto em sonho o retorno do pior inimigo que o vale já conheceu, Tai Lung (Ian McShane), e também que a única possibilidade de destruir esse inimigo é o Dragão Guerreiro, no caso, Po.
Todos focam seus esforços para transformar Po nesse grande guerreiro que ele precisará ser para derrotar Tai Lung, mas todos também duvidam que isso seja possível, inclusive ele mesmo. Em meio a tudo isso, existe a lenda de um pergaminho que contém todas as respostas e dicas capazes de transformar aquele que o possui num grande e destemido guerreiro e é justamente desse pergaminho que brota a lição que acompanha toda boa fábula, como aquelas dos livros que citei lá no início.
Sim, o personagem é carismático como o próprio Jack Black, as seqüências de luta não deixam nada a dever a nenhum filme de Jackie Chan e a qualidade da animação surpreende os adultos da sala. Sua empatia com as crianças e adolescentes está garantida e isso é fato.


Kung Fu Panda II


Vimos no primeiro Kung Fu Panda (2008), Po (dublado originalmente por Jack Black e aqui no Brasil por Lúcio Mauro Filho) alcançar o seu sonho e se tornar o Dragão Guerreiro das lendas que ele ouvia desde pequeno no Vale da Paz. O seu jeitão desajeitado, os golpes de barriga e a sua enorme fome continuam, mas agora Po já está bem mais ciente de sua força interior, liderando os Cinco Furiosos - Louva-a-deus (Seth Rogen), Macaco (Jackie Chan), Garça (David Cross),Tigresa (Angelina Jolie) e Víbora (Lucy Liu) - sempre que algo errado acontece por ali. E desta vez a ameaça é muito maior do que o temido leopardo Tai Long.
A nova história começa com uma linda animação, que usa uma técnica diferente das utilizadas no filme original, como se fossem bonecos de sombra. Logo ali descobrimos que Lorde Shen (Gary Oldman) era o príncipe pavão que, ao ouvir a profecia de que seria derrotado por um ser preto e branco, manda matar todos os pandas. Seus pais, desapontados com o ato impensado, o banem do reino. Ele sai de lá jurando voltar para se vingar e dominar o país. Utilizando o avançado recurso dos chineses na exploração da pólvora para fazer os belos fogos de artifício, ele inventa a arma de fogo, mais especificamente, um enorme canhão, que agora coloca em risco a China e o Kung fu. Cabe então a Po e seus companheiros derrotá-lo.
A tarefa se provará mais difícil do que qualquer coisa que eles já enfrentaram, pois a cada encontro de Po com o próprio Lorde Shen ou seus asseclas, ele sofre um apagão, que está intimamente ligado ao seu passado. Os flashbacks que saem desses blecautes utilizam uma segunda técnica de animação, mais próxima do 2D tradicional, mas ainda assim cheia de estilo e seguindo a estética asiática de um anime de movimentos econômicos.
Todos os cenários das planícies chinesas que já eram lindos no primeiro longa ficaram ainda mais belos, a água (bastante importante no terceiro ato) está incrivelmente realista e os traços dos animais, embora permaneçam os mesmos, recebem mais detalhes do que o olho consegue captar. É impressionante o tanto que a tecnologia evoluiu em tão pouco tempo, apenas três anos.
Já a história se desenvolve de forma menos brilhante, mas não menos perfeita. Redondinho, o roteiro equilibra cada uma das cenas de ação (e como são belas as coreografias dos animais lutando!) com boas pitadas de humor físico e também verbal, que farão as crianças (e os adultos) gargalharem nas salas. Mas o filme não fica só nas lutas e trapalhadas. Há também um arco dramático, um novo ritual de passagem para Po, que depois de descobrir sua força interior, agora tem de descobrir a paz interior, como lhe ensina o Mestre Shifu (Dustin Hoffman).
E pode se preparar, porque as lágrimas chegarão à conclusão. Não é aquela enxurrada dos desenhos da Pixar, mas o golpe da lágrima está lá e é preciso ser muito durão para resistir. Mas rola, então, o único porém do longa. E depois respirar fundo e repetir "paz interior... paz interior..."

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