Segundo o dicionário Houaiss, "aproximar" significa: tornar próximo, possibilitar o acesso, permitir o contato, a proximidade, fazer chegar mais rápido, estabelecer ou restabelecer relações, aliar, unir etc.
A idéia do "Espaço Aproximar" é possibilitar o acesso do leitor a diversas informações, conhecimentos e curiosidades de um modo geral.
Bem vindos!

domingo, 22 de maio de 2011

Sentimentos


Sentir, sentir, sentimento.
Como impedir de sentir.
Sentimentos bons, sentimentos ruins.
Ora um, ora outro, ora os dois ao mesmo tempo.

Sentir, sentir, sentimento.
Quem não sente?
Dor, amor, ódio, paixão,
Alegria, tristeza, desilusão.

Sentimentos dóceis,
Sentimentos amargos
Sentimentos justos,
Sentimentos contrários

Quanto tempo esperdiçado,
Com pensamentos negativos,
Que nos consomem, que nos impede de avançar, que nos impede de chegar,
E tanto nos castiga, nos conflita.

Sentimentos se mesclam, ficam incompreensíveis,
Sentimentos que não se medem, não se explicam.
Sentimentos que jaz em algum asilo.

Sentimentos de mãe, de pai que chora a ingratidão de filhos,
Que chora o abandono, que chora o desgosto,
Que chora sem consolo.

Sentimentos retraídos,
Cuspidos, ignorados,
Sentimentos de meninos,
Sentimentos de namorados.

Tudo é só sentimento,
O ser humano é todo sentido,
É todo amor, é toda dor,
É saudade de haver partido,
É alegria de haver chegado,
É sabor do doce melado,
É saber-se haver enjoado, porque sentir é estar grávido,
É gestar, é nascer, é crescer e morrer

Vera Margutti

Implante de retina para uso na Europa

Após décadas de desenvolvimento e anos de testes clínicos, uma prótese óptica capaz de restaurar ao menos parcialmente a visão de quem sofre de doenças que prejudicam a retina chegará ao mercado. A Second Sight Medical Products, Inc., anunciou na quarta-feira que seu sistema de prótese de retina Argus II foi aprovado para venda em toda a Europa. A Second Sight que está baseada em Sylmar, Califórnia planeja solicitar a aprovação da U.S. Food and Drug Administration (FDA) este ano.

A retina fica na parte de trás da superfície interna do olho e grava imagens em padrões de luz e cor. O implante do Argus II na verdade depende de uma mini câmera montada em um par de óculos de sol para capturar uma imagem e enviar as informações para um processador de vídeo, no cinto juntamente com um microprocessador sem fio e bateria. Após o processador de vídeo converter as imagens para um sinal eletrônico, um transmissor nos óculos envia as informações sem o uso de fios para o receptor implantado sob a membrana mucosa do olho, chamada conjuntiva. O receptor por sua vez, transmite os sinais através de um cabo minúsculo para um conjunto de eletrodos colocados na retina. O conjunto estimula diretamente as células que conduzem ao nervo óptico.

Ao receber os pulsos, o cérebro percebe os padrões de manchas claras e escuras correspondentes aos eletrodos estimulados. Os pacientes aprendem a interpretar os padrões visuais produzidos em imagens significativas.
A Second Sight recebeu o aval para colocar o Argus II no mercado com base em uma experiência clínica de sucesso feita com 30 pacientes cegos no mundo inteiro. O implante de retina estará inicialmente disponível ainda este ano no Centre Hospitalier National d\\'Ophthalmologie des Quinze-Vingts em Paris, nos Hôpitaux Universitaires de Genève em Genebra, e no Manchester Royal Hospital e no Moorfields Eye Hospital em Londres. O equipamento custa US$ 100 mil, embora a empresa argumente que está tentando ter ao menos parte desse custo subsidiado em alguns países.

Outras próteses de retina são esperadas, em especial um dispositivo subretinal da Retina Implant, AG, da Alemanha que coloca o implante sob a superfície da retina para estimular as células bipolares. Três pacientes cegos que sofrem de retinite pigmentosa e outras doenças oculares colocaram os implantes de retina da empresa e tem sido capazes de localizar objetos brilhantes sobre uma mesa escura, segundo uma equipe de pesquisadores liderada por Eberhart Zrenner, co-fundador e diretor da empresa e presidente do Instituto de Pesquisa em Oftalmologia da Universidade de Tübingen na Alemanha. Um dos pacientes foi capaz de descrever e identificar corretamente os objetos como um garfo ou faca em uma mesa, padrões geométricos, tipos diferentes de frutas e discernir tons de cinza com apenas 15% de contraste.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ambiguidade

Não sou de verborragia, mas começo a descrever aquilo que se passa por mim e não cala. Palavras são sempre palavras, ao vento. Quando editadas soam eterno, e possuem força para atenuar algo que a minha subjetividade mantém obscura.
Não vou pensar em português, ortografia, e sim permitir que o teclado deslize através dos meus sentimentos. Não sou tabula rasa, algo existe! Não sei quem escreve, se é apenas lapso de essência ou minha ansiedade diante daquilo que não tenho e nunca vou ter sanidade.
Não sei se alguém é capaz de optar por algo que sofra, mas hoje é os caminhos são mutáveis para quem erra. Existem as vertentes! Outros meios! Não insista! Errou, troca o rumo!
As racionalizações me fazem sobreviver. Percebo que dentro de mim, é caos. Não gera vida, apenas alimenta um sorriso.
Minh’alma é criança irresponsável, mas criança cresce, e se vê adulta tendo que resolver problemas! Problemas são partes retiradas de um todo!
Sei que por pouco indefinido poderei esconder e por muito indecifrável viverei! Isso não me pertence. Afinal, o que é que pertence quando se foge de todas as respostas!?
O que sei é que há, e o que há tem força! Sou um ser no aqui, tenho um passado que a partir de um dia ficou para trás.
Sou um ser que não sabe, nem serei mesmo porque o que será é uma hipótese de também não ser. Entre saberes e sabores, não se limita um ser narcísico, mas não posso negar aquilo no qual eu sou a protagonista.
Devo, portanto tenho que cuidar daquilo que é meu e o que pensa em mim. E se aquilo que existe é pensamento dentro de uma partícula divisível. Logo me vejo e sinto-me viva.
A pequena partícula talvez nem eu saiba por onde vaga. Não tem volta, existe. Outra parte do meu centro se mantém no meio, condicionadas a respostas comportamentais levadas à integração, sociabilização, identificação, invenção!
Outras partes formarão um vínculo, esses que poderão produzir ondas de um todo estruturado, mas com partes diferentes e caminhos iguais.
Em um determinismo determinado vão perder a identificação quando forem compreendidos os fonemas do concreto, pois as vogais de certa cartilha são distintas das consoantes!
Não sei mas encontrarei aquela parte de mim, estará sem tempo, sem espaço, sem mundo nem fundo.
Assim ambíguo, concreto abstrato, de objetivo subjetivo, de um certo errado, de um bem mal... De um belo feio, de uma alegria triste! De uma coragem medrosa, um ódio que ama, um som surdo e um sonido mudo!
Um andar parado, um insano são, um calar que fala. Uma fala que cala (...)
... E um dia serei mudo, mais nada

Clarice Lispector

terça-feira, 17 de maio de 2011

Folga Mental

Texto Roberta De Lucca | ilustração Otavio Silveira fotos Renato Parada

Era um dia qualquer e o matemático foi tomar banho. Ao entrar na banheira, percebeu que o volume de seu corpo imerso movimentava um volume igual de água. Naquele momento ele não se conteve. Saiu da banheira, atravessou a porta em direção à rua e, completamente nu, gritou “Eureca! Eureca!” (“Descobri”, em grego). Foi desse jeito, íntimo e inesperado, que o grego Arquimedes (287-212 a.C.) resolveu um problema que o atormentava havia tempo: descobrir se a coroa encomendada pelo rei de Siracusa era totalmente de ouro ou se o artesão contratado havia misturado prata (metal mais barato) à joia. Essa história – contada pela primeira vez pelo arquiteto romano Vitrúvio cerca de 200 anos mais tarde, e que acabou se tornando lenda – mostra que a partir de observações simples Arquimedes teria desenvolvido parte de sua importante teoria sobre a lei do empuxo

Talvez ele nem estivesse pensando na coroa naquele momento. Quem sabe se preparava para participar de um banquete, ou estava simplesmente tomando um relaxante banho. O fato é que Arquimedes teve o impulso de observar o movimento da água na banheira – igual a um gato que fica “viajando” enquanto vê o líquido indo para lá e para cá em seu pote de água – e disso veio o insight para a solução do problema. Mesmo que não se saiba até que ponto essa história é verídica ou lenda urbana da Grécia antiga, ela revela que a mente despreocupada, divagante, é matériaprima para o pensamento, a existência e a evolução humana. Devanear, portanto, é importante para a vida.

Reunião de referências Pode parecer exagero dizer que devemos “viajar na maionese” para viver, mas sem essa viagem não alargamos nossos horizontes para abraçar tudo o que pudermos alcançar. Claro que é possível viver e curtir a vida numa rotina estabelecida, sem muitos riscos e surpresas que podem nos “tirar do prumo”. Mas deixar-se levar pelos pensamentos e ideias aparentemente desencadeados é um convite a novidades. Ao nos desligarmos do racional, abrimos caminho para o devaneio, para os pensamentos livres que, de tão livres, podem lembrar um filme de Tim Burton. Quando divagamos estamos, mesmo que inconscientemente, coletando e arquivando uma série de referências que podem vir a ser usadas em breve ou no futuro, para resolver um
problema ou desenvolver um projeto.

“É como preparar uma refeição. Você vai buscar ingredientes em vários lugares para montar o prato”, afirma o professor Antonio Carlos Brolezzi, do Instituto de Matemática e Estatística da USP. A solução de um problema matemático, diz ele, é feita da reunião de diversas referências. Não importa quantas informações foram usadas para resolver o enunciado nem se a solução foi alcançada dentro ou fora dos padrões para aquela equação. O que vale é chegar à resposta, mesmo que para isso seja necessário um período de devaneio que pode levar centenas de anos. Centenas de anos, como assim?!? “O Teorema de Fermat demorou mais de 350 anos para ser resolvido e o matemático que o solucionou estudou-o por sete anos até chegar à solução”, afirma Brolezzi.

Nesse meio-tempo, provavelmente houve momentos em que o matemático distanciou-se do teorema para arejar a mente; quem sabe pensou em desistir. “Quando não acho a resolução, deixo o problema de lado por um período. E, quando volto, vejo as coisas com outros olhos”, diz o físico brasileiro Marcelo Gleiser, que leciona no Dartmouth College, nos Estados Unidos. Mesmo se afastando da questão a ser resolvida, é preciso conservar a meta de ter algo a solucionar, e assim pode-se deixar a imaginação agir, sem correr o risco de se perder na viagem. “A coisa largada, sem uma motivação, pode atrapalhar mais do que ajudar. Precisamos ter uma meta. E, aí, deixar rolar”, diz Gleiser.

Rede de conexões Na publicidade, que é um universo viajante por natureza (afinal, os criadores são pagos para convencê- lo de que aquela geladeira do reclame é bem melhor que a que você já tem), o devaneio é o combustível para a criação. Mas não pense que, só porque você vê bichos de pelúcia vendendo carros na TV, os publicitários compartilharam o narguilé com a centopeia de Alice no País das Maravilhas. A viagem na maionese publicitária tem suas regras – e todas bem estabelecidas. O criativo de uma agência precisa dar vazão a uma série de pensamentos que podem ser desconexos para vender ou divulgar um produto. Por isso ele precisa, além de um repertório criativo e imaginativo, ter disciplina. “Acima de tudo é necessário organizar a mente para ‘voltar à Terra’ e desenvolver uma campanha”, afirma o publicitário Pedro Pletitsch, diretor de arte da agência GNOVA e professor da Miami Ad School/Escola Superior de Propaganda e Marketing (SP), onde ensina publicitários a botarem os pés no chão após seus devaneios.

Ao pensar em como vender um produto ou ideia (o que em outras áreas equivale a fazer um relatório diferenciado, preparar uma apresentação pra lá de convincente, escrever um livro e desenhar um móvel...), é imprescindível apelar para a mente racional. Só assim se consegue criar uma conexão entre o lúdico e o real. “Dizem que ser criativo é criar conexões entre coisas que parecem ser desconexas. É o caso do físico Isaac Newton, que mostrou que a mesma força da gravidade fez a maçã cair na sua cabeça e faz a Lua girar em torno da Terra”, afirma Gleiser.

“O pensar resulta de várias articulações, e quando pensamos é como se estivéssemos nos retirando do mundo, mesmo que seja para pensar sobre o que é real”, diz a professora de filosofia da PUC-SP e terapeuta existencial Dulce Critelli. Precisamos nos desligar da realidade para pensar em qualquer coisa diferente, e temos que permanecer nela para concluir o pensar. Dulce ainda explica que o ser humano é incapaz de ficar no mesmo lugar, de se bastar com as mesmas coisas sempre. Daí ele devaneia, divaga e vai encontrando pistas que o levem a um estado além daquele em que está. “Vivemos pensando no que foi e no que será. O futuro está sempre em aberto e para refletir a respeito dele temos que dar vazão à fantasia. Tudo no mundo caminha para o que não está aqui.”

E assim, pensando no que pode vir a ser, ou melhor, viajando sobre o futuro, cientistas, criadores, intelectuais e gente comum vão delineando a evolução do pensar, da criação e da história. O que seria da medicina sem a penicilina, ou da aeronáutica sem o helicóptero, desenhado por Leonardo da Vinci ainda no século 15 e tornado realidade no século 20? Ao observar as anotações de Da Vinci, muitas delas podiam parecer uma grande viagem naquela época. Mas várias ideias dessa salada “leonardiana” resultaram em coisas reais – inclusive o automóvel.

Comprovação científica É comum as pessoas relacionarem as palavras devaneio, divagação e viagem a ideias desconexas, sem sentido e escapistas em relação à realidade. Mas isso é reflexo da imagem negativa que se construiu em cima do devaneio e da divagação. Freud tem sua parcela de culpa nisso, quando afirmou que sonhar acordado era algo infantil e neurótico – uma falha de disciplina mental. Alguns estudiosos que o seguiram acabaram por tachar crianças mais viajantes de desatentas e hiperativas, enquadrando muitas delas como portadoras do TDHA (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). “Claro que existem crianças com o transtorno, mas é importante cuidar para evitar a patologização da doença em todas as que saem do ‘normal’, segundo os conceitos sociais e da escola”, afirma André Meller Ordonez de Souza, da equipe pedagógica do Colégio Oswald de Andrade (SP).

O problema, diz ele, é que o mundo atual é moldado na produção, no ser multitarefa, e as crianças foram arrastadas junto com essa corrente – tanto que aos 7 anos já têm agendas lotadas como a de executivos. Hoje, o lema é: fazer, cumprir, apresentar. E tudo dentro de prazos determinados; não sobra muito tempo para viajar nas ideias e executar melhor ou de um jeito mais criativo, diferente. “O devaneio vai contra esse mundo de produção e o lúdico, seja do adulto ou da criança, é o único espaço disponível para se conhecer o mundo e a si próprio”, diz Souza.

O psiquiatra Fernando Milton de Almeida, do Núcleo de Estudos do Imaginário e da Memória da USP, concorda com a ideia de que há quem olhe torto para o devaneio porque ele atrapalha a produtividade desejada pelos moldes atuais. “Mas devanear é parte da condição humana. Mesmo que o conhecimento hoje seja acelerado e as pessoas ajam de maneira mais autômata, é fundamental devanear.” Com a mente livre para flanar, o ser humano exercita a imaginação e transita por outros lugares; recolhe material para criar, fica mais receptivo a insigths.

De tão importante, o devaneio está presente até mesmo no dia a dia de quem acha que não se deve perder tempo com pensamentos desnecessários e sonhos malucos. Um estudo realizado por psicólogos da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, apontou que passamos cerca de 30% do nosso tempo devaneando. Isso mesmo: todos nós viajamos na maionese em algum momento do dia. No experimento, enquanto liam romances como Razão e Sensibilidade e Guerra e Paz, os alunos pesquisados eram frequentemente indagados se estavam atentos ao livro ou se estavam com a cabeça em outro lugar. Diante das respostas, veio o veredito de que todo mundo divaga – é normal. “Eu creio que as conexões executivas do cérebro, que estão altamente comprometidas com o pensamento racional e lógico, também são ativadas no devaneio. Portanto, não considero o devaneio algo oposto ao pensamento racional”, afirma Jonathan Schooler, um dos coordenadores do estudo.

O pesquisador diz que é importante percebermos quando devaneamos e que caminho percorremos durante essa viagem. “O segredo é ficar atento aos processos mentais para captar se o devaneio afeta suas tarefas. Se não atrapalha enquanto você está dirigindo, prossiga. Mas se desvia o foco, fazendo com que você freie em cima do carro da frente, tente ter mais consciência do que acontece ao seu redor.” Segundo a pesquisa, a criatividade é maximizada quando as pessoas percebem que suas mentes estão devaneando. “Acho que devaneio sem foco não vai ajudar em nada nossa compreensão ou abertura a novas teorias. Em todo o processo criativo, seja na poesia, seja na matemática, é necessária também uma dose grande de disciplina mental. O ideal é um balanço, uma abertura para os dois lados. Existem muitos caminhos para se chegar ao alto da montanha, mas a montanha é a mesma”, diz Marcelo Gleiser, que afirma só “se sentir humano munido de duas qualidades: devaneio e pensamento lógico.”

http://vidasimples.abril.com.br/edicoes/103/pensar/folga-mental-619944.shtml

domingo, 15 de maio de 2011

Para hoje, um poema:


"De Tudo Ficaram Três Coisas"

A certeza de que estamos começando,
A certeza de que é preciso continuar e
A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar
Fazer da interrupção um caminho novo,
Fazer da queda um passo de dança,
Do medo uma escola,
Do sonho uma ponte,
Da procura um encontro,
E assim terá valido a pena existir!


FERNANDO SABINO
do livro "Encontro Marcado"

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Descobrindo a Surdocegueira

Este livro representa uma cuidadosa contribuição de profissionais da área de Educação Especial para a ampliação e o fortalecimento de informações sobre surdocegueira. Sua abordagem, para além da disponibilidade e do envolvimento pessoal e profissional das autoras, sua coerência e seu rigor metodológicos, derivados de diversos estudos e pesquisas, resultam em uma mensagem de esperança e compromisso com a construção de uma nova ordem social que priorize o respeito à diversidade e que a reconheça como enriquecedora para a convivência humana.
Acredito que esse livro seja um alicerce para quem tem interesse em compreender o incrivel universo da Surdocegueira!
Em breve o novo site do Adaptar e Incluir!

A vida ensina que...

"Há um mundo há ser descoberto dentro de cada ser humano. Há um tesouro escondido nos escombros das pessoas que sofrem. Só os sensíveis e sábios descobrem."

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Um exemplo de Comunicação Adaptada: Filme "O escafandro e a borboleta"

Muito se fala em formas de comunicação e nesse filme encontrei um exemplo do que o Adaptar e Incluir denomina “Comunicação Adaptada”, ainda que outras pessoas possam questionar e denominar de “Comunicação Alternativa”.

Em virtude de sua singular pluralidade estética, o cinema também aborda a dinâmica social considerando a instigante questão contemporânea da deficiência. Aliás, há trabalhos esplêndidos sob esse tema. Aqui apresento a magnífico filme brilhantemente dirigido por Julian Schnabel: “O Escafandro e a Borboleta”.
Trata-se da emocionante história da vida do jornalista francês, Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric), baseado em fatos reais. Ele teve sua vida transformada após um determinante acontecimento que mudou significativamente sua vida de excêntrico bem-sucedido economicamente e afortunado com as mulheres.
Um homem apaixonado pelos prazeres da vida, que subitamente se vê limitado a um único meio de comunicação com o mundo: o piscar de seu olho esquerdo.
A sensibilidade se mistura entre o escafandro, que simboliza a prisão física na qual o protagonista está recluso e a borboleta que o leva à sutileza inexorável de voar, impulsionado pela ajuda de uma fonoaudióloga (Emanuele Seigner), que com grande ousadia e pertinente olhar psicológico, o torna capaz de comunicar-se e até escrever um livro que o consagraria como destacado autor.
Impactante e inequivocamente inteligente, o filme mostra a vida de uma pessoa privilegiada que, face às contingências da experiência humana, se transforma em um ser fragilizado, impedido de praticar os mais simples atos cotidianos, como alimentar-se sozinho, andar, fazer sua própria higienização ou até mesmo o ato sublime de acariciar aqueles que, até pouco antes, eram insignificantes, pois sua vida de fama e glamour não lhe permitia sequer usufruir uma relação familiar.
Sua relação com a fonoaudióloga é excepcionalmente linda! Ela faz uso de um recurso simples: uma prancha com pequenas sequências de letras do alfabeto que permitem ao jornalista a comunicação e portanto a interlocução com as pessoas e com o mundo exterior.
Incrível a sensualidade manifesta pelo paciente num contexto marcado pela limitação física e pela irreverência dos profissionais que o acompanham em cada nova descoberta, seja de limites ou possibilidades.
A sétima arte traduziu nesta obra preconceito, solidariedade, profissionalismo, tecnologia assistiva, enfim, meios acessíveis que permitiram romper barreiras físicas e humanas, garantindo a inclusão crescente de pessoas com deficiência na sociedade, apesar de suas limitações.
É realmente um marco histórico que traduz o direito de ser diferente diante da ditadura da beleza e dos patrões estabelecidos da estética convencional.
Enfim, o filme rompe com os clichês de visualizar pessoas com deficiências como meras “portadoras” e propõe que sejam concebidas como seres autônomos, capazes de decidir seus próprios destinos. O filme retrata de forma realista as fragilidades das relações sociais, colocando o poder do cinema no cerne de práticas que ainda se apresentam como tabu em nossa sociedade.






Freud explica:

"Em última analise, precisamos amar para não adoecer."

É com essa frase que faço a indicação do livro "Mentes Perigosas".

Indicação de livro: Mentes Perigosas

A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva revela detalhes muito interessantes sobre o comportamento dos psicopatas. Segundo seus estudos, eles são frios, inescrupulosos e agem livres de constrangimento. Um sujeito que é simplesmente quieto demais pode ser uma dessas pessoas.

Vale a pena ler e abranger o conhecimento sobre esse assunto tão delicado.

A seguir, um trecho do livro:
Ser consciente é ser capaz de amar
Como visto na aula do professor Osvaldo, o termo consciência é ambíguo, sugerindo dois significados totalmente distintos. E por isso mesmo, é compreensível que a esta altura o leitor esteja confuso. Na realidade, a consciência é um atributo que transita entre a razão e a sensibilidade. Popularmente falando, entre a "cabeça" e o "coração".
Falar sobre consciência pode ser uma tarefa "fácil" e "difícil" ao mesmo tempo. O "fácil" são as explicações científicas sobre o desenvolvimento da consciência no cérebro, que envolvem engrenagens como atenção, memória, circuitos neuronais e estruturas cerebrais, que só serviriam para confundir um pouco mais. Nada disso vem ao caso agora, pelo menos não é esse o meu propósito. Portanto, esqueça! Aqui, vou considerar o lado "difícil", subjetivo e relativo ao sentido ético da existência humana: o SER consciente.
Mostrar apreço às condutas louváveis, ser bondoso ou educado, ter um comportamento exemplar e cauteloso, preocupar-se com o que os outros pensam a nosso respeito nem de longe pode ser definido como consciência de fato. Afinal, a consciência não é um comportamento em si, nem mesmo é algo que possamos fazer ou pensar. A consciência é algo que sentimos. Ela existe, antes de tudo, no campo da afeição ou dos afetos. Mais do que uma função comportamental ou intelectual a consciência pode ser definida como uma emoção.
Peço licença e vou um pouco além. No meu entender, a consciência é um senso de responsabilidade e generosidade baseado em vínculos emocionais, de extrema nobreza, com outras criaturas (animais, seres humanos) ou até mesmo com a humanidade e o universo como um todo. É uma espécie de entidade invisível, que possui vida própria e que independe da nossa razão. É a voz secreta da alma, que habita em nosso interior e que nos orienta para o caminho do bem.
A consciência nos impulsiona a tomar decisões totalmente irracionais e até mesmo com implicações de risco à vida. Ela permeia as nossas atitudes cotidianas (como perder uma reunião de negócios porque seu filho está ardendo em febre) e até as nossas ações de extrema bravura e de auto-sacrifício (como suportar a dor de uma tortura física e psicológica em função de um ideal). E, assim, a consciência nos abraça e conduz pela vida afora, porque está em plena comunhão com o mais poderoso combustível afetivo: o amor.
De forma bem prosaica, imagine a seguinte situação:
Você está no aconchego do seu apartamento, depois de um dia exaustivo de trabalho e reuniões. Momentos depois, o interfone toca anunciando a visita inesperada de uma grande amiga. Ela está grávida de sete meses e chegou abarrotada de sacolas com as últimas compras do enxoval. Apesar do cansaço, você fica verdadeiramente feliz com sua presença.
Por alguns momentos, vocês conversam alegremente sobre o bebê, os planos para o futuro e colocam as "fofocas" em dia. Lá pelas tantas da noite, sua amiga diz que precisa ir embora.
Em frações de segundos, você pensa: "Preciso tomar um banho e dormir, será que ela vai entender se eu não acompanhá-la até a portaria do prédio?", "Mas ela está grávida e tem tanta coisa pra carregar!", "É melhor eu ir junto, não foi isso que me ensinaram."
Bom, essa tagarelice mental, que azucrina tal qual um crime cometido, sem dúvidas não é imoral. É absolutamente humana, natural e foge ao nosso controle. Mas também não é a sua consciência soprando no seu ouvido.
Ao contrário do "vou ou não vou", você é imediatamente tomado por um impulso generoso e se flagra no elevador com sua amiga, suas bolsas e sacolas. Chama um táxi, abre a porta do carro, diz ao motorista para ir com cuidado e se despedem felizes.
Hum! A consciência é assim mesmo: chega sem avisar e não complica, apenas faz!
Uma história mais comovente:
São Paulo, domingo, novembro de 2007. Cerca de três minutos após ter decolado do aeroporto Campo de Marte, um Learjet 35 caiu de bico sobre uma residência, onde moravam 14 pessoas de uma mesma família. No acidente morreram o piloto, o co-piloto e seis pessoas que estavam na casa. Os vizinhos Airton, de 47 anos, e seu pai, o sr. Ângelo, de 75, correram para o sobrado da família Fernandes assim que ouviram o barulho da queda do avião. Pai e filho conseguiram salvar Cláudia Fernandes, de 16 anos. Eles ouviram o choro da garota, que é autista e brincava com sua amiga Laís na hora do acidente. Airton, emocionado, descalço e com a blusa suja de sangue e cinzas, lamentava ter conseguido salvar apenas uma única vida. O sr. Ângelo queimou a mão ao salvar Cláudia e, após ser atendido por médicos no local, permaneceu na rua tentando furar o bloqueio policial para voltar aos escombros.
Sem qualquer sombra de dúvidas, podemos afirmar que Airton e Ângelo possuem consciência. E naquela tarde de domingo, eles não pensaram, simplesmente agiram: isso é pura consciência em exercício.
Todas as pessoas portadoras de consciência se emocionam ao testemunhar ou tomar conhecimento de um ato altruísta, seja ele simples ou grandioso. Qualquer história sobre cons ciência é relativa à conectividade que existe entre todas as coisas do universo. Por isso, mesmo de forma inconsciente (sem nos darmos conta), alegramo-nos frente à natureza gentil dos atos de amor.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Estimulação Precoce

O estímulo que recebe o bebê constitui a base do seu desenvolvimento futuro. O estímulo precoce, como o próprio nome já diz, tem como objetivo desenvolver e potencializar, através de jogos, exercícios, técnicas, atividades, e de outros recursos, as funções do cérebro do bebê, beneficiando seu lado intelectual, seu físico e sua afetividade. Um bebê bem estimulado aproveitará sua capacidade de aprendizagem e de adaptação ao seu meio, de uma forma mais simples, rápida e intensa. Todos sabemos que os bebês nascem com um grande potencial e que cabe aos pais fazer com que este potencial se desenvolva ao máximo de forma adequada, positiva e divertida.
Para entender este processo, é necessário que entendamos primeiro, com é o amadurecimento do ser humano. Ao contrário dos animais, os seres humanos somos muito dependentes dos nossos pais desde que nascemos. Demoramos mais para caminhar e dominar nosso ambiente. Tudo depende da aprendizagem que tivermos. Apesar da nossa capacidade estar limitada pela aprendizagem, nossas habilidades estão relacionadas à sobrevivência. Sem o aprendizado, nos convertemos em seres indefesos, sós, e expostos a todo o bem ou mal. Por outro lado, se aprendemos, nosso cérebro adaptável, nos permitirá crescer e sobreviver diante das situações mais adversas.
A estimulação precoce o que faz é unir esta adaptabilidade do cérebro à capacidade de aprendizagem, e fazer com que os bebês saudáveis amadureçam e sejam capazes de adaptar-se muito melhor ao seu ambiente e às diferentes situações. Não se trata de uma terapia nem de um método de ensino formal. É apenas uma forma de orientação do potencial e das capacidades dos mais pequenos. Quando se estimula um bebê, está-se abrindo um leque de oportunidades e de experiências que o fará explorar, adquirir destreza e habilidades de uma forma mais natural, e entender o que ocorre ao seu redor.

Quando estimular um bebê

Colocar em prática uma estimulação precoce, é uma decisão absolutamente pessoal. Os pais são os que podem decidir se a querem ou não aplicá-la ao cotidiano do seu filho. No entanto, se decidem pelo estímulo precoce, deverão iniciá-lo o mais breve possível, já que, segundo os especialistas, a flexibilidade do cérebro vai diminuindo com a idade. Desde o nascimento até os 3 anos de idade, o desenvolvimento neuronal dos bebês alcança seu nível máximo. A partir dos 3 anos, começará a decrescer até sua total eliminação aos 6 anos de idade, quando já estarão formadas as interconexões neuronais do cérebro do bebê, fazendo com que seus mecanismos de aprendizagem sejam parecidos ao de uma pessoa adulta. É claro que continuarão aprendendo, mas não ao mesmo ritmo e com todo o potencial de antes.
Todos os bebês experimentarão diferentes etapas de desenvolvimento que podem ser incrementadas com uma estimulação precoce. Para isso, deve-se reconhecer e motivar o potencial de cada criança individualmente, e apresentar-lhe objetivos e atividades adequadas que fortaleçam sua auto-estima, iniciativa e aprendizagem. A estimulação que o bebê recebe nos seus primeiro anos de vida, constituem a base do seu desenvolvimento futuro.
Além das atividades que se aplicam na estimulação do bebê, é muito importante destacar que o ambiente também é uma ferramenta que devemos considerar. O ambiente não é somente um lugar tranquilo, onde se respira respeito, tolerância, paciência, o acordo e a união, também são as pessoas que acompanham ao pequeno. Se o bebê conta com a companhia de pessoas significativas para ele, como é o caso dos seus pais, eles se sentirão apoiados em seu vínculo afetivo, em suas habilidades e destrezas. A estimulação será mais completa.



quarta-feira, 4 de maio de 2011

Psicologia e psicoterapia infantil

Todos nós, em algum momento na vida, podemos passar por crises, o que não significa que seja preciso consultar um psicólogo sistematicamente. Podemos contar muitas vezes apenas com o suporte de parentes e amigos para superar um momento difícil. 
Mas quando o suporte de pessoas próximas não é suficiente ou a situação parece insolúvel, então o acompanhamento com o psicólogo pode ajudar a esclarecer as razões de nossas dificuldades e a modificar nossos comportamentos.
Algumas pessoas hesitam em consultar um psicólogo ou psiquiatra porque desejam resolver seus problemas sozinhos ou se sentem culpadas por estar em dificuldade. Outras envergonham-se do que sentem e preocupam-se com o que os outros podem pensar se procurarem ajuda. O caminho percorrido até o psicólogo pode ser cheio de ambivalências. E, no entanto, consultar um profissional da psicologia pode ser importante para seu bem estar.
Psicólogos e psiquiatras atendem freqüentemente pessoas que passam por um momento de crise no relacionamento conjugal ou familiar, apresentam problemas de desempenho ou vivenciam um luto; e ainda, pessoas que buscam encontrar seus próprios caminhos, ter maior autonomia na relação com os outros ou melhorar sua qualidade de vida.
O papel do psicólogo consiste em analisar a história de vida da pessoa, esclarecer uma situação, dar suporte e acompanhá-la a fim de auxiliar na superação de uma crise e proporcionar o desenvolvimento de potencialidades e crescimento pessoal de seu paciente. 
Quando buscar ajuda de um psicólogo para meu filho (psicologia infantil)?

Muitos adultos têm dúvidas sobre a necessidade de buscar psicoterapia para seu filho (psicologia infantil). Embora as crianças manifestem em geral comportamentos que indicam quando algo não está bem, a grande maioria dos pais reluta em procurar ajuda. Os pais tendem a pensar que a criança esta passando apenas por uma fase, que será superada sozinha. Ou se sentirem culpados, receosos de que a terapia possa apontar que eles têm alguma responsabilidade pelo sofrimento de seus filhos.
Realmente não é fácil julgar o momento apropriado para levar uma criança à psicoterapia. Muitos adolescentes iniciam um acompanhamento com psicólogo por vontade própria. E algumas crianças podem pedir ocasionalmente para ver alguém. No entanto, é a escola que costuma ser a primeira a notar mudanças de comportamento e solicitar um encaminhamento para psicologia infantil. Os primeiros sinais de problemas incluem a hiperatividade, a dificuldade de concentração, a agressividade, o comportamento inadequado, a dificuldade em brincar com outras crianças e ansiedade da separação e social. Estes comportamentos podem comprometer o desempenho escolar da criança e sua vida familiar.
Certamente, nem todos os conflitos da criança merecem acompanhamento da psicologia infantil, mas se seu filho parece precisar de ajuda, você deve consultar um profissional da psicologia. O psicólogo infantil poderá determinar se as dificuldades apresentadas por ele necessitam ou não de uma intervenção. Em alguns casos, o problema pode ser superado apenas com uma orientação aos pais e professores. Ou com uma breve psicoterapia. 

Como é realizada a psicologia infantil?

Durante a psicoterapia, o psicólogo utiliza recursos lúdicos para compreender os sentimentos, angústias e fantasias que a criança expressa através das brincadeiras. Antes do início da psicoterapia, o psicólogo realiza entrevistas iniciais com os pais para reunir informações sobre a história da criança e da família. Após esse contato inicial, o psicólogo tem maiores condições de avaliar o número de sessões semanais (que varia de uma a quatro) necessárias com a criança bem como a trama familiar que pode estar envolvida nos sintomas expressos por ela. Iniciado o trabalho com a criança, as sessões ocorrem nos dias e horários estipulados, com duração de cinqüenta minutos cada. Além disso, ao longo da terapia infantil, são realizados encontros periódicos com os pais.

Quais os principais motivos da procura pela terapia para criança (psicologia infantil)?

São vários os motivos que levam os pais a buscarem atendimento psicológico para seus filhos. Dentre os sintomas e queixas mais comuns (expressas pelos pais) podemos listar:

- Dificuldades de aprendizagem
- Enurese ou ecoprese diurna ou noturna
- Pesadelos, dificuldades para dormir
- Distúrbios alimentares, dentre outros.
- Agressividade em casa e na escola
- Hiperatividade, atrasos no desenvolvimento motor (atrasos para falar, andar, etc.)

Quais os benefícios trazidos pela psicologia infantil?

Por se sentir acolhida e compreendida no contexto terapêutico, a criança passa a comunicar através do lúdico suas dificuldades emocionais, apresentando melhora significativa em casa e na escola.
Além disso, caso a criança permaneça no atendimento com o psicólogo o tempo necessário, terá maiores chances de se tornar um adolescente e, posteriormente, um adulto mais consciente de si e de seus próprios sentimentos e emoções.

Clarisse Lispector :


"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo."

Será que ela estava em analise?

domingo, 1 de maio de 2011

Frases de Charles Chapin

"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia... Pois o triunfo pertence a quem se atreve. "

" Num filme o que importa não é a realidade, mas o que dela possa extrair a imaginação."

Hoje é o Dia do Trabalhador

Comemorado no dia 1º de maio, o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador é uma data comemorativa usada para celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história. Nessa mesma data, em 1886, ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores na cidade americana de Chicago.

Milhares de trabalhadores protestavam contra as condições desumanas de trabalho e a enorme carga horária pela qual eram submetidos (13 horas diárias). A greve paralisou os Estados Unidos. No dia 3 de maio, houve vários confrontos dos manifestantes com a polícia. No dia seguinte, esses confrontos se intensificaram, resultando na morte de diversos manifestantes. As manifestações e os protestos realizados pelos trabalhadores ficaram conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Em 20 de junho de 1889, em Paris, a central sindical chamada Segunda Internacional instituiu o mesmo dia das manifestações como data máxima dos trabalhadores organizados, para assim, lutar pelas 8 horas de trabalho diário. Em 23 de abril de 1919, o senado francês
ratificou a jornada de trabalho de 8 horas e proclamou o dia 1° de maio como feriado nacional.
Após a França estabelecer o Dia do Trabalho, a Rússia foi o primeiro país a adotar a data comemorativa, em 1920. No Brasil, a data foi consolidada em 1924 no governo de Artur Bernardes. Além disso, a partir do governo de Getúlio Vargas, as principais medidas de benefício ao trabalhador passaram a ser anunciadas nesta data. Atualmente, inúmeros países adotam o dia 1° de maio como o Dia do Trabalho, sendo considerado feriado em muitos deles.

http://www.brasilescola.com/datacomemorativas/dia-do-trabalho.htm
Então viva ao feriado!!!

Blog Adaptar e Incluir

Nosso trabalho tem como objetivo adaptar sistemas de comunicação para os que não possuem capacidade de falar,  devido a uma síndrome ou deficiência, como a surdocegueira.  Nosso trabalho tem sido realizado em Belo Horizonte/ MG e Guarapari/ ES, Brasil. Em MG, com surdocegos e no ES com crianças que apresentam disfasia. Temos usado as formas da comunicação alternativa e aumentativa como meio para ensinar a comunicar e evoluindo o aluno, passa então para uma forma mais abstrata, como LIBRAS (língua de sinais) ou a forma escrita (seja em braille ou tinta). Em breve estarão no blog vídeos, fotos, textos de depoimentos e estudos de caso.

Entre sempre: http://adaptareincluir.blogs.sapo.pt/